Rio - O segundo e último dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi marcado por apagões em pelo menos quatro locais onde foram realizadas as provas: Urca, Del Castilho e duas universidades em Niterói. No campus da Unirio (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro) e no Shopping Nova América, a luz faltou por volta das 18h. Em Niterói, os problemas ocorreram às 16h30.
>> Confira o gabarito extraoficial do Enem divulgado pelo Curso Objetivo
Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), os alunos da Unirio teriam direito a ficar 20 minutos a mais na prova, tempo que durou o apagão. “Em algumas turmas, transferiram alunos para perto da janela e prolongaram o tempo de prova. Na minha sala, isso não aconteceu. Fomos pressionados a entregar a prova. Absurdo”, contou, indignada, Ana Luísa Bravo, de 17 anos.
Na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), pelo menos cinco candidatos ficaram do lado de fora por conta de uma falha no sistema de transportes da cidade.Um dos prejudicados foi Daniel Lemos, morador de Cordovil. O estudante aguardava o coletivo desde 11h20. “O ônibus só veio às 12h30”, contou.
De acordo com o Inep, os candidatos foram alocados em polos que ficam até 30km distantes de suas residências. O instituto informou que é de responsabilidade dos participantes sair de casa com antecedência. Ontem, foram aplicadas as provas de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Redação e Matemática e suas Tecnologias. O gabarito será divulgado amanhã, no portal do Inep: www.inep.gov.br.
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Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), os alunos da Unirio teriam direito a ficar 20 minutos a mais na prova, tempo que durou o apagão. “Em algumas turmas, transferiram alunos para perto da janela e prolongaram o tempo de prova. Na minha sala, isso não aconteceu. Fomos pressionados a entregar a prova. Absurdo”, contou, indignada, Ana Luísa Bravo, de 17 anos.
Na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), pelo menos cinco candidatos ficaram do lado de fora por conta de uma falha no sistema de transportes da cidade.Um dos prejudicados foi Daniel Lemos, morador de Cordovil. O estudante aguardava o coletivo desde 11h20. “O ônibus só veio às 12h30”, contou.
De acordo com o Inep, os candidatos foram alocados em polos que ficam até 30km distantes de suas residências. O instituto informou que é de responsabilidade dos participantes sair de casa com antecedência. Ontem, foram aplicadas as provas de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Redação e Matemática e suas Tecnologias. O gabarito será divulgado amanhã, no portal do Inep: www.inep.gov.br.
Na Uerj, um dos locais onde foi realizado o Enem, pelo menos cinco pessoas perderam a prova por conta de uma falha no sistema de transportes | Foto: Fernando Souza / Agência O Dia
Matemática foi difícil. Redação, previsível
De acordo com a maioria dos candidatos, a prova mais difícil foi a de Matemática. A redação, segundo muitos, foi fácil. Com o tema “Viver Em Rede no Século XXI: os Limites Entre o Público e o Privado”, os estudantes disseram não ter tido dificuldades para tratar de um tema tão atual: Internet e mídias sociais.
“Faz parte do nosso cotidiano, então, não houve dificuldades. Mas é preciso lembrar que nem todo mundo tem acesso à Internet. Para alguns estudantes, pode ter sido ruim”, observou o Arthur Pinheiro, 18 anos, que tenta uma vaga em Engenharia na Uerj.
Ao lado do pai, o guia de turismo Carlos Faria, 58 anos, a estudante Aline, 31 anos, não escondia a ansiedade de tentar uma vaga em uma universidade pública. É a segunda vez que a jovem presta o Enem — no ano passado, teve problemas com o cartão de respostas. Também é pela segunda vez que Carlos presta o exame com a filha — dessa vez, por apoio moral.
“Ano passado eu fiz e passei. Ela desistiu por problemas do MEC. Fiquei 30 anos sem estudar. Voltei para o Ensino Médio, fiz vestibular e fui à luta. Desde pequeno, os livros me salvaram. Agora, vou dar uma força para minha filha”, diz Carlos. “Se eu passar, ficaremos ainda mais unidos”, completou Aline.
De acordo com a maioria dos candidatos, a prova mais difícil foi a de Matemática. A redação, segundo muitos, foi fácil. Com o tema “Viver Em Rede no Século XXI: os Limites Entre o Público e o Privado”, os estudantes disseram não ter tido dificuldades para tratar de um tema tão atual: Internet e mídias sociais.
“Faz parte do nosso cotidiano, então, não houve dificuldades. Mas é preciso lembrar que nem todo mundo tem acesso à Internet. Para alguns estudantes, pode ter sido ruim”, observou o Arthur Pinheiro, 18 anos, que tenta uma vaga em Engenharia na Uerj.
Ao lado do pai, o guia de turismo Carlos Faria, 58 anos, a estudante Aline, 31 anos, não escondia a ansiedade de tentar uma vaga em uma universidade pública. É a segunda vez que a jovem presta o Enem — no ano passado, teve problemas com o cartão de respostas. Também é pela segunda vez que Carlos presta o exame com a filha — dessa vez, por apoio moral.
“Ano passado eu fiz e passei. Ela desistiu por problemas do MEC. Fiquei 30 anos sem estudar. Voltei para o Ensino Médio, fiz vestibular e fui à luta. Desde pequeno, os livros me salvaram. Agora, vou dar uma força para minha filha”, diz Carlos. “Se eu passar, ficaremos ainda mais unidos”, completou Aline.
Fonte: Jornal O Dia
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