Do lado de fora da arena era possível escutar os gritos e as buzinas quando a música parou de tocar. De novo, os mexicanos de Guadalajara pareciam adotar o Brasil como país do coração. A canção “My way”, que na véspera tinha ajudado Angélica Kvieczynski a levar o bronze no individual geral, neste domingo voltou a abrir caminho. Tocou o coração da torcida e foi seguida por um ritmo mesclado, com batuque de samba. Eles embalaram duas apresentações delicadas e deram ao país o quarto ouro no conjunto geral da ginástica rítmica em Jogos Pan-Americanos. Canadá ficou com a prata, e Cuba completou o pódio. Os Estados Unidos ficaram apenas em quarto.
O Brasil foi o segundo a se apresentar nas bolas, depois de Estados Unidos e antes de Canadá, favoritos. Os dois ficaram para trás. Luísa Matsuo, Débora Falda, Dayane Amaral, Eliane Sampaio, Drielly Daltoé, ao som de “My Way”, ganharam 25.100 pontos, contra 24.450 das canadenses e 23.600 das americanas.
Na segunda rotação, com fitas e arco, as meninas brasileiras viram todas as adversárias se apresentarem: Canadá, Venezuela, Cuba e Estados Unidos. Vestiam agora amarelo e dançavam ao som de samba. Dois erros nas fitas assustaram; as cubanas lideravam o aparelho, com 23.575. Mas era dia de Brasil. Nota 23.475 e medalha de ouro.
A seleção volta a competir na segunda-feira. Angélica disputa as finais de arco e bola; Natália Gaudio, só a de arco. O conjunto participa da decisão da prova de cinco bolas. Na terça, luta por medalha em fita-arco.
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