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01 outubro 2010

Engenheiros não vistoriaram muro que desabou e matou menino em Santa Cruz


Mesmo após choque de um caminhão, estrutura não foi inspecionada. Mãe da vítima corre o risco de ficar paraplégPOR ISABEL BOECHAT
Rio - O muro que desabou e matou o menino David Costa da Silva, 4 anos, quarta-feira em Santa Cruz, não foi inspecionado nem após ser atingido por um caminhão, há 30 dias. Os engenheiros da empresa Volume Construções, responsáveis pelas obras no terreno, confessaram a negligência. A polícia investiga também se manilhas que estavam apoiadas na estrutura contribuíram para sua queda. Sônia Celita César da Costa, 44 anos, mãe da vítima, pode ficar paraplégica.

Parentes de David se emocionam no enterro do menino em Santa Cruz | Foto: Alessandro Costa / Agência O Dia
Os engenheiros prestaram depoimento quarta-feira, na 36ª DP (Santa Cruz). Eles confirmaram que não inspecionaram o muro após a colisão. Eles trabalham na construção de uma Clínica da Família, da Prefeitura do Rio, em terreno cedido pela Igreja São Benedito. O padre Marcos Andrade afirmou em depoimento que o espaço era usado como depósito de material de construção pela Volume Construções, que ergue uma Clínica da Família. A Secretaria Municipal de Obras sustenta que o acidente nada tem a ver com a empreitada e coloca a culpa no vento. Em nota, a secretaria afirma que “a constatação técnica preliminar é de que a Igreja construiu um muro (...) sem nenhuma coluna de sustentação, que teria sido derrubado com esforços transversais de ventos fortes (...) na região”.
Sônia, que fraturou a coluna e não consegue mover as pernas, ainda não sabe da morte do filho, enterrado ontem de manhã no Cemitério de Santa Cruz. Thaiani César da Costa, 7 anos, filha dela, continua internada em estado gravíssimo no Hospital de Saracuruna, em Caxias. Ela sofreu traumatismo craniano e corre risco de vida. Os outros três feridos na queda do muro já tiveram alta.

Irmão que escapou tem pesadelos

Na hora da tragédia, Sônia estava com os três filhos. O único que não se feriu, João Vitor Costa, 9 anos, ainda tentou remover as pedras que caíram sobre sua família. À noite, contam parentes, ele teve pesadelos. Gritava “ajuda, ajuda” várias vezes e se levantava da cama correndo. A família tenta apoio psicológico para o menino. Durante o sepultamento de David, a professora do menino, Carla Teixeira, se emocionou. Ela levou os desenhos que os colegas do pequeno fizeram para homenageá-lo. “Quando chegamos na sala de aula, as crianças já sabiam da morte e perguntavam por detalhes. Não agüentei e comecei a chorar. Me emocionei quando uma das alunas me entregou o desenho de um pirulito que queria dar para ele”.icaFonte Jornal O Dia 24.09.10

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